França, 8h00. Kuwait, 12h30. Tunísia, 13h30.
Um bombista suicida fez um ataque terrorista numa mesquita xiita do Kuwait que causou 27 vítimas mortais e feriu 227 pessoas.
Era a hora das orações na cidade do Kuwait, capital do pequeno Estado do golfo Pérsico com o mesmo nome.
A mesquita Imam Sadiq continha cerca cerca de 2000 pessoas, quando houve uma forte explosão. Logo a seguir, dezenas de homens com vestimentas brancas salpicadas de sangue fugiram para fora da mesquita xiita no meio da fumaça.
O atentado foi reivindicado por um grupo jihadista ligado ao sunita Estado Islâmico.
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A facção sunita do Islão deteve o poder no Iraque até ao derrube de Saddam Hussein pela invasão americana e britânica em 2003.
Desde essa época não mais parou a insurreição sunita no Iraque, que tanto lutou contra as forças da coligação liderada pelos Estados Unidos como contra as milícias da facção xiita do Islão, entretanto constituídas para combater o governo interino formado em 2004. Um grupo jihadista sunita tornou-se na Al-Qaeda do Iraque em Outubro desse ano.
A insurreição sunita intensificou-se em 2005, não obstante as eleições, primeiro para redigir a constituição e depois para criar um parlamento. E continuou contra o governo xiita depois das forças armadas americanas terem abandonado o Iraque em 2011.
A guerra civil síria, que teve início nesse ano, levou os grupos sunitas a atravessar a fronteira para combater o regime de Bashar al-Assad. Em 2014, um grupo ultra-conservador, de inspiração salafista, consegue controlar algumas das maiores cidades iraquianas, como Tikrit, Fallujah e Mosul, e autoproclama o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS, na sigla inglesa) onde impõe um clima de terror.
Agora o ódio do Estado Islâmico alastrou para a Europa mas não esquece o ramo xiita do Islão.
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