quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Governo decreta requisição civil na TAP


O Governo quer que todos os voos programados entre 27 e 30 de Dezembro se realizem e, para isso, vai obrigar os trabalhadores da TAP a apresentarem-se ao serviço nos quatro dias da greve marcados para esse período:

18 Dez, 2014, 20:16


A requisição civil vai abranger 70 por cento dos funcionários da empresa que o Governo entende serem os necessários para garantir os 1141 voos previstos para o período da paralisação. O ministro da Economia Pires de Lima tornou claro que se trata de uma medida excepcional para proteger o direito das famílias se reunirem no Natal e fim de ano.

É a terceira requisição civil na TAP. O ministro da Economia estranhou as críticas do PS e lembrou que as duas anteriores requisições civis da TAP foram feitas por governos socialistas, um de Mário Soares e outro de António Guterres, e sublinhou que o último desses governos integrava António Costa.

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Em Agosto de 1997, o governo socialista de António Guterres que tinha António Costa na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares, elevada em Novembro desse ano à categoria de ministério, decretou a requisição civil na TAP. A decorrência jurídica que essa decisão teve foi considerada válida pelo Supremo Tribunal Administrativo.

Opor-se indiscriminadamente a todas as medidas do Governo, procurando cavalgar o natural descontentamento popular com as medidas de austeridade, foi a estratégia de António José Seguro e nunca lhe permitiu alcançar uma maioria absoluta nas sondagens.
O actual secretário-geral dos socialistas prossegue na mesma senda: apenas procura ganhar votos para poder instalar-se no poder, apoiado pelo bando dos socratistas. No entanto, a sua atitude na questão da TAP é grave porque, além de ausência de ideias para desencadear o desenvolvimento económico que o País carece, vem demonstrar uma enorme hipocrisia.
Portanto não deve ser surpresa que António Costa esteja a cair nas sondagens e já comece a falar das virtudes do governo do Bloco Central, liderado por Mário Soares e tendo como vice-primeiro-ministro o social-democrata Mota Pinto, professor da Universidade de Coimbra.


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