domingo, 5 de maio de 2013

Reacção de Paulo Portas às medidas anunciadas por Passos Coelho


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, reagiu este domingo às medidas anunciadas pelo primeiro-ministro na sexta-feira, revelando concordância com todas elas, menos a introdução de uma taxa sobre as pensões.

Segundo Paulo Portas, o valor das medidas anunciadas por Passos Coelho excede o que era necessário com o objectivo de ganhar margem de manobra para proteger, sobretudo, os pensionistas:

"A concórdia dentro de Governo foi apresentar medidas que têm um valor superior àquilo que é necessário para ganhar margem de manobra para poder ter um exercício mais equilibrado que, no meu entender, deve proteger prioritariamente os pensionistas de que lhe falei há pouco."

Portanto o astuto líder do CDS-PP veio dar aos pensionistas a esperança de que a contribuição sobre as pensões pode cair.
Quanto à hipótese de um segundo resgate a Portugal, tal como Passos Coelho, Portas rejeita-a frontalmente:



05 Mai, 2013, 20:16


"Todos sabemos que Portugal ainda está sob protectorado, ou seja, a nossa dívida e o nosso défice entregaram uma parcela da nossa soberania. Disse-o na a campanha eleitoral e não abandonei em nenhum momento esse critério. O meu principal objectivo é contribuir para que essa circunstância vexatória — o protectorado — seja apenas uma circunstância transitória.

Estou convencido que é do interesse de Portugal ter um só resgate, um só calendário para a saída da troika e um só pacote de ajuda financeira. Não vejo vantagem em voltarmos a estender a mão como pedintes, nem tão pouco em prolongar a permanência desses senhores entre nós.

Em tempos excepcionais e perante dificuldades suplementares, acho preferível, acho mais aceitável, acho mais partilhável como nação que se trabalhe mais em vez do que nos resignarmos a aceitar menos salário ou menos pensão. Em 2013 não haverá, no essencial, novas reduções do poder de compra e isso é, no contexto possível, positivo."


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