terça-feira, 23 de junho de 2020

A Quinta Braamcamp é de todos


É uma quinta senhorial, um moinho de maré com 10 moendas — o maior do património português —, um território selvagem com árvores centenárias, uma fauna ornitológica e uma flora exuberantes.
Inserida numa península entremeada por moinhos de vento e de maré e recortada por caldeiras, a Quinta Braamcamp seria um paraíso ecológico com 21 hectares, em frente ao Terreiro do Paço de Lisboa e a 200m do centro da cidade de Barreiro, se não fosse alvo da cobiça de investidores imobiliários e de políticos sedentos pelas comissões concomitantes com este tipo de negócios.





O artigo de opinião publicado aqui lança alguma luz sobre a questão:


"(...) a definição de uma estratégia para este território da Quinta de Braamcamp e envolventes não é uma matéria exclusiva do PCP/CDU e do PS.
(...)
Reduzir esta reflexão estratégica sobre o concelho e a cidade a um conflito PCP/CDU versus PS, retira aos cidadãos espaço de escolha e debate de ideias.
A Quinta de Braamcamp foi adquirida pelo município, ela pertence aos munícipes barreirenses, não é uma propriedade do PCP/CDU, força política que protagonizou a sua compra, nem é propriedade do PS, que gere nos dias de hoje a gestão municipal.

Nunca ninguém na campanha eleitoral, nem o PCP/CDU, nem o PS, colocaram aos eleitores o cenário de venda da Quinta de Braamcamp.
(...)
É uma falácia dizer-se que não se pode ficar a discutir mais 15, 20, 25 ou 40 anos, sobre o que se quer para este território, ou até mesmo que, ou aproveitamos esta «janela de oportunidade», ou estamos perdidos.
A verdade, sem dogmas, é que compra da Quinta de Braamcamp não foi há décadas, concretizou-se em Dezembro de 2016 e janelas de oportunidade não faltarão. Uma pérola como esta na Área Metropolitana de Lisboa vale mesmo milhões.

O que me interrogo é o que faz correr para sua venda, sem que exista uma definição estratégica e a definição do seu papel no fazer cidade? Ou, até mesmo o seu enquadramento no falado “corredor do Tejo e Coina”?

Por mim, sou defensor que - «o que é de todos por todos deve ser decidido»!"





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