José Gomes Ferreira continua a arrasar as novas medidas de austeridade, considerando que o Governo "conseguiu a proeza de não agradar a ninguém, nem a trabalhadores, nem a sindicatos, nem a patrões".
Contra números não há argumentos:
"Aumentar a taxa social única (TSU) de 11 para 18% sobre todos os trabalhadores, significa conseguir mais 2,8 mil milhões de euros. Desses, 2,3 mil milhões vão ser "devolvidos" aos patrões, sobram 500 milhões para compensar um défice cuja derrrapagem, este ano de 2012, vai em 1,2 mil milhões, se não se aproximar dos 2 mil milhões."
Portanto têm de aparecer mais medidas de austeridade para descer o défice de 4,5% para 3% em 2013: vão aparecer com alterações no IVA ou nos escalões do IRS.
"O governo acabou de dar a maior machadada naquilo que podia ser o caminho da Irlanda para nos afastarmos da Grécia. Mais do que tocar no mexilhão, beneficiou grandes corporações que vivem protegidas, vivem em mercados de sectores não transaccionáveis, não estão sujeitos a concorrência, castigam-nos cada vez mais com aumentos de electricidade, de gás, de combustíveis e outros por aí fora, e agora ainda têm esta benesse. É tudo o que não se devia fazer.
Decisores deste governo disseram que o problema deste país, mais do que a questão financeira e desacerto das contas públicas, era falta de mercado e de concorrência. Grandes grupos tinham capturado o Estado e tinham posto o Estado a pagar por bens e serviços de que o País não precisava, para eles ficarem fora da concorrência, de andarem à luta uns com os outros para conseguirem captar consumidores. É o pior que se pode fazer a uma economia. Entraram com vontade de combater isso. Agravaram exactamente isso, foi o que eles fizeram."
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