terça-feira, 18 de setembro de 2012

O túnel sem fundo da austeridade


"Face à austeridade, não vejo alternativas, tenho ouvido dizer que há e estou muito curioso de conhecer essa alternativa — não conheço nenhuma", disse hoje Vítor Bento na conferência ‘Competitividade e crescimento de Portugal no contexto mundial’ da consultora ATKearney.

Vítor Bento, que na próxima sexta-feira vai ouvir Vítor Gaspar no Conselho de Estado, lembrou que, entre 2008 e 2013, Portugal perdeu 7% do PIB o que, comparado com 20% em alguns países de Leste europeu, lhe permitiu concluir: "O nosso ajustamento, face a outros, tem sido mais suave".

O presidente da SIBS recordou, também, a crise de 1982 a 1984 em que os trabalhadores "levaram para casa um aumento de 37%" mas a inflação de 60% erodiu esse aumento dos rendimentos, tendo o salário real caído 12,5%.
Considera que alteração da TSU pode produzir um efeito análogo: agora há uma diminuição da taxa para as empresas e um encargo maior para os trabalhadores mas, no fundo, a transferência financeira é semelhante.


Um país sem alternativa.


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