Depois da polémica em torno do salário de 5.821,30 euros da sua chefe de gabinete, que o ministro da Economia justificou pelo facto de Marta Neves ser uma "superchefe” de gabinete, Álvaro Santos Pereira decidiu nomear dois assessores com um estatuto remuneratório equiparado a director-geral, ou seja, com um salário mensal bruto de 3.892,53 euros.
O primeiro, técnico superior da Direcção-Geral das Actividades Económicas, é nomeado "em comissão de serviço e sem suspensão do estatuto de origem, para realizar estudos e trabalhos técnicos no âmbito das respectivas habilitações e qualificações profissionais".
Questionado sobre os motivos que justifiquem um técnico superior de uma direcção-geral auferir um salário igual ao do director-geral, o porta-voz do ministro respondeu que, até 31 de Julho de 2011, o nomeado exercia as funções de administrador dos Serviços de Administração e Acção Social na Universidade de Técnica de Lisboa, com o estatuto remuneratório de direcção superior do 1.º grau.
Espantosa a remuneração dos dirigentes destes serviços sociais.
Quanto à assessora de imprensa que o ministro requisitou ao Diário de Notícias, a jornalista foi nomeada para "realizar estudos e trabalhos técnicos no âmbito das respectivas habilitações e qualificações profissionais, na área da informação e comunicação social".
Confrontada com o facto de ser a assessora de imprensa mais bem paga deste Governo — nem os assessores do primeiro-ministro recebem tanto —, Maria de Lurdes Vale salientou que é responsável pela assessoria de comunicação de um "superministério que, além do ministro, tem seis secretarias de Estado" e "tem um curriculum de 23 anos de experiência".
Presunção e água benta cada um toma a que quer.
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