Henrique Neto pede um compromisso entre os partidos com uma estratégia de desenvolvimento do País a longo prazo.
"O grande défice da política portuguesa é a falta de estratégia", afirma Henrique Neto, "o país está a navegar à vista desde a entrada no euro".
Para o resolver, o candidato presidencial defende que os partidos se unam em torno de um objectivo, assumido como "desígnio nacional", para construir e consensualizar uma estratégia de desenvolvimento, assegurando que se concentram esforços nas prioridades nacionais que forem definidas durante o tempo necessário para que a economia ganhe velocidade.
"Uma economia da dimensão de Portugal não pode sobreviver se exportar apenas 40% do PIB", considera este empresário do sector de moldes. É preciso aumentar o peso das exportações no PIB para 60% no prazo de cinco anos, através da definição de políticas sectoriais em conjunto com os empresários.
Critica os "interesses organizados", entre classe política e empresários, com o lançamento de projectos que serviram para "dar encomendas" às empresas. E exemplifica: "Há mil postos de carregamento para apenas 300 carros eléctricos, auto-estradas onde não anda quase ninguém", as PPP ou o computador Magalhães.
O novo porto de contentores do Barreiro, anunciado em Fevereiro pelo Governo, merece a sua discordância: "Está-se a pensar fazer um porto no Barreiro, que não serve para nada. No momento em que todas as grandes cidades estão a tirar as grandes infraestruturas para fora, nós queremos fazer um grande porto no Barreiro. Para que serve? Em que estratégia é que se insere?"
Ainda antes do anúncio, a Ordem dos Engenheiros veio alertar para a possibilidade de os custos da obra chegarem aos 827 milhões de euros, muito acima dos cerca de 600 milhões avançados pelo Executivo.
Segundo lhe explicou Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, "é um investimento privado". "Se existe investimento privado interessado no porto, era interessante que dissessem qual é o objectivo".
Ainda antes do anúncio, a Ordem dos Engenheiros veio alertar para a possibilidade de os custos da obra chegarem aos 827 milhões de euros, muito acima dos cerca de 600 milhões avançados pelo Executivo.
Segundo lhe explicou Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, "é um investimento privado". "Se existe investimento privado interessado no porto, era interessante que dissessem qual é o objectivo".
Ao mesmo tempo defendeu o investimento no terminal de contentores de Sines, que considera poder ser um grande motor de investimento estrangeiro, atraindo novas indústrias para o País. "Já perguntei ao primeiro-ministro porque não foi aprovado o investimento de 130 milhões da PSA no alargamento do cais do porto de Sines. E há ainda o investimento no cais seguinte, o Vasco da Gama".
O porto de Sines é um cavalo de batalha de outro socialista, António Brotas, antigo professor do Instituto Superior Técnico, com ideias em que os seus correlegionários nunca prestaram atenção.
Henrique Neto garante: "Se for Presidente, os custos e objectivos dos grandes investimentos terão de ser bem explicados ao País."
O porto de Sines é um cavalo de batalha de outro socialista, António Brotas, antigo professor do Instituto Superior Técnico, com ideias em que os seus correlegionários nunca prestaram atenção.
Henrique Neto garante: "Se for Presidente, os custos e objectivos dos grandes investimentos terão de ser bem explicados ao País."
"Gostaria de ser o candidato dos sectores da sociedade portuguesa que estão descontentes com o que se passou nos últimos 20 anos, que têm ideias para o país", diz.
Mas o que diferencia este empresário dos outros candidatos? "Porque sei daquilo que falo. Já vivi aquilo de que falo, nacional e internacionalmente. Tenho saber para o cargo, acumulado ao longo de anos. Se os portugueses conhecerem isso e avaliarem, acredito que possa ganhar as eleições."
Mas o que diferencia este empresário dos outros candidatos? "Porque sei daquilo que falo. Já vivi aquilo de que falo, nacional e internacionalmente. Tenho saber para o cargo, acumulado ao longo de anos. Se os portugueses conhecerem isso e avaliarem, acredito que possa ganhar as eleições."
Cinco ideias para o País
Unir os partidos numa estratégia para o país
É necessário construir e consensualizar uma estratégia de desenvolvimento para o País, assegurando que se concentrem esforços nas prioridades nacionais durante o tempo necessário para que a economia ganhe velocidade.
Aumentar o peso das exportações
Outra das prioridades é definir políticas sectoriais, em debate com empresários, que promovam o investimento privado, nacional e estrangeiro, com vista ao aumento das exportações para, pelo menos, 60% do PIB em cinco anos. Como o peso actual de 40%, a economia não é sustentável.
Combater interesses instalados
"Há demasiados compromissos entre política e negócios". Compete ao Presidente da República exigir que os grandes investimentos sejam explicados aos portugueses.
Reforma eleitoral com voto nominal
O empresário defende o voto nominal, em que os eleitores votam num deputado e não em listas. Mas também a incompatibilidade entre o exercício simultâneo da actividade política e a gestão ou defesa de interesses económicos.
Mais recursos para a Justiça
"Não percebo como é que todos os partidos não estão a dizer que a justiça precisa de mais recursos nesta fase. Os portugueses têm de acreditar que a justiça está a ser feita no sítio certo e não na rua."
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