Em Janeiro de 2011 soube-se que a nacionalização do BPN, feita em 2008 pelo primeiro governo de José Sócrates, já havia custado ao Estado, ou seja, ao contribuinte luso, 2 mil milhões de euros.
Quando entrou em funções, o governo de Passos Coelho divulgou, também numa comissão parlamentar, o valor de 2,4 mil milhões.
Entretanto o cidadão anónimo começou a aperceber-se que o processo estava a ser gerido com a maior opacidade no segredo dos gabinetes e que quantias astronómicas estavam a ser enterradas no BPN e nas empresas veículo dos activos com imparidades — Parvalorem, Parups e Parparticipadas.
Recentemente foi criada uma comissão no parlamento com o objectivo de investigar a quanto ascendem e por onde sumiram as verbas canalizadas para o BPN.
Mas pode-se confiar em partidos políticos que, quando o Tribunal de Contas lhes vem exigir a devolução de quantias recebidas ilegalmente, logo se esquecem dos interesses dos contribuintes e defendem com unhas e dentes os seus peculatos, como está a acontecer na região autónoma da Madeira?
É claro que a comissão BPN se destina unicamente a produzir umas diatribes dos deputados do PSD, CDS, PS, PCP, Verdes e Bloco de Esquerda para passar nos telejornais e ir entretendo os fiéis votantes de cada partido político.
O corte de subsídios de férias e de Natal da função pública e dos pensionistas, em 2012, vai render ao Estado 1 milhar de milhões de euros. Dizem-nos que os cortes vão prosseguir até 2015, talvez comecem a ser repostos parcialmente nesse ano e integralmente em 2018.
Então, tal como António Bagão Félix, também perguntamos e exigimos uma resposta:
"Onde é que estão os 8,3 mil milhões de euros que, segundo se diz, já custou ao Estado o BPN?
Quem é que ganhou com isso, onde é que esse dinheiro está, quem é responsável?"
Sem comentários:
Enviar um comentário