terça-feira, 2 de agosto de 2011

Audição de Nuno Crato no parlamento




Decorreu hoje a primeira de quatro audições do ministro da Educação e da Ciência na Comissão de Educação, Ciência e Cultura do parlamento, que durou cerca de 3 horas.

Nuno Crato fez uma intervenção inicial de dez minutos nesta audição, onde expôs as ideias essenciais da política educativa do Governo, algumas já explanadas na apresentação do programa do governo no parlamento.
Salientou a importância do conhecimento científico no desenvolvimento económico do País, a importância da educação na progressão social, a necessidade dos professores destacados para as estruturas centrais e regionais do ministério regressarem às escolas, pois os professores são profissionais de ensino e não administrativos, e de não se considerar a avaliação do desempenho docente como um problema central da educação.

Do trabalho já feito por esta equipa ministerial, durante o primeiro mês de governação, referiu a Organização Curricular do Ensino Básico que vai dar mais tempos lectivos às duas disciplinas estruturantes — Língua Portuguesa e Matemática — e a introdução de exames nacionais, nestas disciplinas, no final do 2º ciclo.

Seguiu-se uma ronda de perguntas dos deputados que foram respondidas pelo ministro e, depois, mais duas rondas de perguntas e respostas em que intervieram também os quatro secretários de Estado.

Em resposta a questões, o ministro declarou: "Haverá bastantes professores não contratados, haverá professores com horário zero. É uma situação humanamente preocupante, mas inevitável. (...) Dentro de um mês, quando houver números rigorosos das escolas, saberemos em concreto quantos professores não serão contratados e quantos ficarão com horário zero".

Sobre o impacto financeiro da avaliação docente externa, o ministério está consciente do seu custo, por isso só existirá em alguns escalões da carreira docente, na fase final do ciclo de avaliação de quatro anos e para quem a requeira.


Sem comentários:

Enviar um comentário