Em 17 e 18 de Agosto de 2017, ocorreram atentados terroristas em La Rambla de Barcelona e no passeio marítimo de Cambrils, cidades situadas na região autónoma da Catalunha, em Espanha, que provocaram 15 mortos e mais do que uma centena de feridos.
Eis um resumo dos atentados (com erros) publicado pelo jornal La Vanguardia:
- Explosão de uma moradia com 106 garrafas de gás, em Alcanar, mata 2 terroristas (um deles é o imã Abdelbaki Es Satti) e fere 1, há 6 vizinhos feridos (quarta-feira, 16 de Agosto, 23:30)
- Uma carrinha Fiat branca percorre mais de 500 m em La Rambla de Barcelona, atropelando pessoas, 13 mortos e 132 feridos (quinta-feira, 17 de Agosto, 17:00)
- Outra carrinha, alugada para a fuga, é localizada em Vic, 18:30
- Um Ford Focus fura um controlo policial na av. Diagonal na cidade universitária de Barcelona, 18:30
- O automóvel é encontrado em Sant Just Desvern, condutor está morto no banco traseiro, 19:00
- São detidos 3 suspeitos em Ripoll, 20:00
- Um Audi A3 com 5 terroristas fura um controlo policial, em Cambrils. A polícia abate-os, 1 mulher morta por esfaqueamento e 4 feridos (sexta-feira, 18 de Agosto, 1:00)
Polícia abate Younes Abouyaaqoub, o condutor da carrinha do atentado de La Rambla, em Subirats, a 50 km de Barcelona (segunda-feira, 21 de Agosto)
Os vídeos seguintes mostram o horror sofrido pelas vítimas e vivenciado pelas testemunhas:
Uma descrição pormenorizada dos atentados terroristas na Catalunha e as relações familiares entre os 12 membros da célula terrorista de Ripoll foram publicadas pelo jornal El País:
A explosão em Alcanar, Tarragona (quarta-feira, 16 de Agosto, 23:30)
Uma forte detonação destrói uma moradia numa urbanização de Alcanar. A polícia catalã pensa inicialmente que é um caso de tráfico de drogas.
O atentado em La Rambla, Barcelona (quinta-feira, 17 de Agosto, 16:30)
O atentado em Cambrils, Tarragona (sexta-feira, 18 de Agosto, 1.00)
Um Audi A3 com cinco terroristas fura um controlo da polícia catalã no passeio marítimo de Cambrils, ferindo vários peões e um polícia. Há um tiroteio no qual quatro terroristas morrem. O quinto é morto depois de esfaquear mortalmente uma mulher.
Finalmente um artigo de opinião de um investigador português onde é feita uma análise lúcida destes atentados e suas causas:
Jogando com o fogo: a Catalunha e os jihadistas marroquinos
José Pedro Teixeira Fernandes
Jogando com o fogo: a Catalunha e os jihadistas marroquinos
José Pedro Teixeira Fernandes
22 de Agosto de 2017, 12:14
A Catalunha apostou, para arregimentar votos favoráveis à independência, no grupo de populações árabes-islâmicas. Vejamos melhor esta estratégia e os seus efeitos colaterais.
1. Agora que os contornos do trágico atentado terrorista de 17 de Agosto de 2017 começam a ser mais claros, várias questões delicadas emergem. A resposta policial após a ocorrência foi rápida, corajosa e eficaz. Mas o mesmo não pode ser dito da actuação prévia dos serviços de informações e segurança, seja a responsabilidade política e operacional do governo espanhol, do governo autonómico da Catalunha (Generalitat), ou até de ambos. Importa começar por notar que estamos a falar de um atentado que envolveu uma dúzia de pessoas — e que levou vários meses a preparar — e de uma actuação isolada de um ou dois indivíduos, que seria muito mais difícil de antecipar, ou mesmo impossível. A primeira interrogação é, por isso, a de saber como foi possível que um atentado envolvendo tanta gente não tivesse sido detectado em comunicações entre os participantes, ou por movimentos suspeitos feitos por estes. Isto quando era previamente bem conhecido que a Catalunha, e Barcelona em particular, é uma zona de alto risco pela presença de islamistas-jihadistas.
2. A segunda interrogação é sobre a explosão na casa de Alcanar, em Tarragona, ocorrida na noite antes dos atentados e que derrubou totalmente a casa. É verdade que o tempo para actuar foi bastante escasso — o ataque no centro de Barcelona ocorreu a meio da tarde do dia seguinte —, mas, ainda assim, não poderia ter sido uma pista decisiva para ter evitado o atentado? A casa continha mais de uma centena de garrafas de gás butano, o que se soube logo na altura, e estava apenas ocupada irregularmente nos últimos meses pelos indivíduos de origem magrebina. Tudo apontava para um caso que não era o de uma normal explosão de botijas de gás num edifício de habitação. Sabemos agora que um dos mortos foi o imã da mesquita de Ripoll, em Girona, Abdelbaki Es Satty — o principal mentor do atentado. Note-se ainda que, há alguns meses atrás, a polícia espanhola tinha feito circular internamente informação indicando haver sinais de interesse por esse tipo de material para uso como explosivos.
3. O imã Abdelbaki Es Satty tinha antecedentes criminais. Registava já uma condenação por tráfico de haxixe entre Ceuta e Algeciras. Mais grave ainda, na prisão criou proximidade com um dos perpetradores do atentado terrorista de 11 de Março de 2004 em Madrid, Rachid Aglif. Anteriormente ao atentado de Barcelona, viajou também para a Bélgica. Passou alguns meses em Vilvoorde. Tal como Molenbeek, Vilvoorde ficou bem conhecida pelas piores razões durante o ano passado, quando ocorreram atentados no aeroporto e metro de Bruxelas. Vilvoorde e Molenbeek foram as bases — e onde estiveram as redes de solidariedade e cobertura — dos islamistas-jihadistas com ligações ao atentado de Bruxelas. Há aí presença ex-combatentes do Daesh e outros grupos islamistas radicais na guerra da Síria. Mais: existe uma conexão a Marrocos e em particular a populações oriundas do Rif, onde têm origem muitos dos islamistas-jihadistas — Abdelbaki Es Satty era também marroquino. Tinha, por isso, um perfil óbvio para que as suas actividades fossem seguidas de perto, e com muito cuidado, pelos serviços de informações e segurança. Aparentemente não foram, porquê?
4. Uma outra interrogação é a de saber a razão pela qual o governo da Catalunha, ou a gestão municipal de Barcelona, não colocaram barreiras impeditivas de veículos entrarem em locais com grande concentração de pessoas, como são as Ramblas. Parece uma medida de segurança bastante óbvia e necessária, sobretudo desde os precedentes graves dos atentados do ano passado em Nice, no passeio dos ingleses, e em Berlim, num mercado de Natal. Em ambos os casos — e de forma particularmente trágica no primeiro —, foram usados veículos automóveis para atropelar indiscriminadamente pessoas em locais de grande concentração na via pública. Não se percebe, por isso, o motivo pelo qual não foram colocadas tais barreiras, tanto mais que já existia uma recomendação do governo espanhol nesse sentido. Será por avaliação inadequada da ameaça, achando que bastava ter uma presença policial forte no local, meras razões estéticas, ou para ser diferente do resto de Espanha, numa estranha afirmação de autonomia?
5. Tal como aconteceu nos já referidos atentados de Bruxelas em 2016, fica a sensação de que as autonomias e rivalidades internas criaram alguma descoordenação nas forças de segurança e nos serviços de informações. Independentemente de a responsabilidade ser do governo de Madrid, ou do governo autonómico da Catalunha, ou de ambos, o resultado final foi dificultar uma actuação preventiva. Sob uma unidade de fachada face à tragédia, simbolizada pela presença, no dia seguinte ao atentado, do rei Filipe VI na cerimónia de homenagem às vítimas, nota-se o mal-estar político. O ministro do Interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, anunciou o desmantelamento da célula responsável pelos ataques. A declaração foi logo criticada e considerada prematura por Joaquim Forn, Conselheiro do Interior do Governo da Catalunha. Quanto à polícia catalã — os Mossos d’Esquadra —, formalmente enquadrada pelo governo central, teve uma actuação muito corajosa e meritória após o atentado, na perseguição aos culpados. Mas também parece (demasiado) zelosa de uma actuação autónoma.
6. Para além das autonomias e rivalidades internas e do seu efeito negativo sobre a coordenação das forças de segurança e serviços de informações, há um aspecto relevante e que tem passado despercebido. Como já notado, os autores do atentado terrorista eram de origem marroquina (ou de Melilla). É o caso de Younes Abouyaaqoub, o principal executor. É também o caso de Abdelbaki Es Satty, o imã de Ripoll. Será um acaso ser essa a origem dos islamistas-jihadistas? Não é. A questão remete-nos, de alguma forma, para as políticas do governo autonómico da Catalunha e para a sua ambição independentista. Está empenhado em organizar um referendo para a independência, mesmo contra a vontade do governo de Madrid, e em arregimentar, o mais possível, votos favoráveis. Aqui entra o papel dos estrangeiros residentes na Catalunha que não têm origem na União Europeia. A ideia é que possam participar nesse referendo. Numa votação muito próxima, o seu voto poderá ser decisivo. Os dois grupos substanciais de estrangeiros/migrantes são os que têm origem na América Latina e os que provêm do Norte de África. A Catalunha apostou no segundo grupo de populações árabes-islâmicas (as populações latino-americanas já falam espanhol/castelhano e muitos não vêem, por isso, interesse na aprendizagem da língua catalã). Vejamos melhor a estratégia e os seus efeitos colaterais.
7. Na Catalunha vive um grupo bastante substancial de população de origem marroquina, na ordem das trezentas mil pessoas. Nos últimos anos, o governo autonómico adoptou uma série de medidas favoráveis à emigração para o seu território e acolhimento dessa população. Entre outras, foi previsto o ensino escolar do árabe e do tamazig (berber) — usado sobretudo nas zonas das montanhas Rif e do Atlas de Marrocos. A questão tem a sua ironia se pensarmos que o governo de Madrid acusa frequentemente a Catalunha de dificultar, ou até impedir, a aprendizagem e uso do espanhol/castelhano. Mais: foi dada às autoridades religiosas de Marrocos um papel fundamental na elaboração de conteúdos sobre o Islão para a maioria dos muçulmanos na Catalunha, bem como para a sua disseminação nas escolas e mesquitas. É arriscado ter colocado esse ensino nas mãos de autoridades religiosas estrangeiras. Claro que tudo isto foi a pensar mais na independência: os emigrantes marroquinos iam assim ter um estímulo para se identificar com a Catalunha e isso dará mais votos num referendo. Foi assim ignorado, ou, pelo menos, subestimado, que o aumento dessa população incrementava a possibilidade, até por probabilidade estatística, de uma presença acrescida de adeptos do islamismo-jihadista no seu território. O atentado terrorista de 17/8 mostrou que essa probabilidade é bem real e da pior maneira.
1. Agora que os contornos do trágico atentado terrorista de 17 de Agosto de 2017 começam a ser mais claros, várias questões delicadas emergem. A resposta policial após a ocorrência foi rápida, corajosa e eficaz. Mas o mesmo não pode ser dito da actuação prévia dos serviços de informações e segurança, seja a responsabilidade política e operacional do governo espanhol, do governo autonómico da Catalunha (Generalitat), ou até de ambos. Importa começar por notar que estamos a falar de um atentado que envolveu uma dúzia de pessoas — e que levou vários meses a preparar — e de uma actuação isolada de um ou dois indivíduos, que seria muito mais difícil de antecipar, ou mesmo impossível. A primeira interrogação é, por isso, a de saber como foi possível que um atentado envolvendo tanta gente não tivesse sido detectado em comunicações entre os participantes, ou por movimentos suspeitos feitos por estes. Isto quando era previamente bem conhecido que a Catalunha, e Barcelona em particular, é uma zona de alto risco pela presença de islamistas-jihadistas.
2. A segunda interrogação é sobre a explosão na casa de Alcanar, em Tarragona, ocorrida na noite antes dos atentados e que derrubou totalmente a casa. É verdade que o tempo para actuar foi bastante escasso — o ataque no centro de Barcelona ocorreu a meio da tarde do dia seguinte —, mas, ainda assim, não poderia ter sido uma pista decisiva para ter evitado o atentado? A casa continha mais de uma centena de garrafas de gás butano, o que se soube logo na altura, e estava apenas ocupada irregularmente nos últimos meses pelos indivíduos de origem magrebina. Tudo apontava para um caso que não era o de uma normal explosão de botijas de gás num edifício de habitação. Sabemos agora que um dos mortos foi o imã da mesquita de Ripoll, em Girona, Abdelbaki Es Satty — o principal mentor do atentado. Note-se ainda que, há alguns meses atrás, a polícia espanhola tinha feito circular internamente informação indicando haver sinais de interesse por esse tipo de material para uso como explosivos.
3. O imã Abdelbaki Es Satty tinha antecedentes criminais. Registava já uma condenação por tráfico de haxixe entre Ceuta e Algeciras. Mais grave ainda, na prisão criou proximidade com um dos perpetradores do atentado terrorista de 11 de Março de 2004 em Madrid, Rachid Aglif. Anteriormente ao atentado de Barcelona, viajou também para a Bélgica. Passou alguns meses em Vilvoorde. Tal como Molenbeek, Vilvoorde ficou bem conhecida pelas piores razões durante o ano passado, quando ocorreram atentados no aeroporto e metro de Bruxelas. Vilvoorde e Molenbeek foram as bases — e onde estiveram as redes de solidariedade e cobertura — dos islamistas-jihadistas com ligações ao atentado de Bruxelas. Há aí presença ex-combatentes do Daesh e outros grupos islamistas radicais na guerra da Síria. Mais: existe uma conexão a Marrocos e em particular a populações oriundas do Rif, onde têm origem muitos dos islamistas-jihadistas — Abdelbaki Es Satty era também marroquino. Tinha, por isso, um perfil óbvio para que as suas actividades fossem seguidas de perto, e com muito cuidado, pelos serviços de informações e segurança. Aparentemente não foram, porquê?
4. Uma outra interrogação é a de saber a razão pela qual o governo da Catalunha, ou a gestão municipal de Barcelona, não colocaram barreiras impeditivas de veículos entrarem em locais com grande concentração de pessoas, como são as Ramblas. Parece uma medida de segurança bastante óbvia e necessária, sobretudo desde os precedentes graves dos atentados do ano passado em Nice, no passeio dos ingleses, e em Berlim, num mercado de Natal. Em ambos os casos — e de forma particularmente trágica no primeiro —, foram usados veículos automóveis para atropelar indiscriminadamente pessoas em locais de grande concentração na via pública. Não se percebe, por isso, o motivo pelo qual não foram colocadas tais barreiras, tanto mais que já existia uma recomendação do governo espanhol nesse sentido. Será por avaliação inadequada da ameaça, achando que bastava ter uma presença policial forte no local, meras razões estéticas, ou para ser diferente do resto de Espanha, numa estranha afirmação de autonomia?
5. Tal como aconteceu nos já referidos atentados de Bruxelas em 2016, fica a sensação de que as autonomias e rivalidades internas criaram alguma descoordenação nas forças de segurança e nos serviços de informações. Independentemente de a responsabilidade ser do governo de Madrid, ou do governo autonómico da Catalunha, ou de ambos, o resultado final foi dificultar uma actuação preventiva. Sob uma unidade de fachada face à tragédia, simbolizada pela presença, no dia seguinte ao atentado, do rei Filipe VI na cerimónia de homenagem às vítimas, nota-se o mal-estar político. O ministro do Interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, anunciou o desmantelamento da célula responsável pelos ataques. A declaração foi logo criticada e considerada prematura por Joaquim Forn, Conselheiro do Interior do Governo da Catalunha. Quanto à polícia catalã — os Mossos d’Esquadra —, formalmente enquadrada pelo governo central, teve uma actuação muito corajosa e meritória após o atentado, na perseguição aos culpados. Mas também parece (demasiado) zelosa de uma actuação autónoma.
6. Para além das autonomias e rivalidades internas e do seu efeito negativo sobre a coordenação das forças de segurança e serviços de informações, há um aspecto relevante e que tem passado despercebido. Como já notado, os autores do atentado terrorista eram de origem marroquina (ou de Melilla). É o caso de Younes Abouyaaqoub, o principal executor. É também o caso de Abdelbaki Es Satty, o imã de Ripoll. Será um acaso ser essa a origem dos islamistas-jihadistas? Não é. A questão remete-nos, de alguma forma, para as políticas do governo autonómico da Catalunha e para a sua ambição independentista. Está empenhado em organizar um referendo para a independência, mesmo contra a vontade do governo de Madrid, e em arregimentar, o mais possível, votos favoráveis. Aqui entra o papel dos estrangeiros residentes na Catalunha que não têm origem na União Europeia. A ideia é que possam participar nesse referendo. Numa votação muito próxima, o seu voto poderá ser decisivo. Os dois grupos substanciais de estrangeiros/migrantes são os que têm origem na América Latina e os que provêm do Norte de África. A Catalunha apostou no segundo grupo de populações árabes-islâmicas (as populações latino-americanas já falam espanhol/castelhano e muitos não vêem, por isso, interesse na aprendizagem da língua catalã). Vejamos melhor a estratégia e os seus efeitos colaterais.
7. Na Catalunha vive um grupo bastante substancial de população de origem marroquina, na ordem das trezentas mil pessoas. Nos últimos anos, o governo autonómico adoptou uma série de medidas favoráveis à emigração para o seu território e acolhimento dessa população. Entre outras, foi previsto o ensino escolar do árabe e do tamazig (berber) — usado sobretudo nas zonas das montanhas Rif e do Atlas de Marrocos. A questão tem a sua ironia se pensarmos que o governo de Madrid acusa frequentemente a Catalunha de dificultar, ou até impedir, a aprendizagem e uso do espanhol/castelhano. Mais: foi dada às autoridades religiosas de Marrocos um papel fundamental na elaboração de conteúdos sobre o Islão para a maioria dos muçulmanos na Catalunha, bem como para a sua disseminação nas escolas e mesquitas. É arriscado ter colocado esse ensino nas mãos de autoridades religiosas estrangeiras. Claro que tudo isto foi a pensar mais na independência: os emigrantes marroquinos iam assim ter um estímulo para se identificar com a Catalunha e isso dará mais votos num referendo. Foi assim ignorado, ou, pelo menos, subestimado, que o aumento dessa população incrementava a possibilidade, até por probabilidade estatística, de uma presença acrescida de adeptos do islamismo-jihadista no seu território. O atentado terrorista de 17/8 mostrou que essa probabilidade é bem real e da pior maneira.
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Entre os mortos e os feridos há turistas de 35 países, pelo menos, entre os quais está Portugal. Mais uma vez a opinião pública foi apaziguada com um memorial:
E o que se passa em Lisboa?
Primeiro ouvimos um imigrante do Bangladesh dizer, à saída da mesquita da zona do Martim Moniz, em Lisboa, que gostava de lutar pelo Estado Islâmico.
Depois vem o presidente do município lisboeta anunciar que vai gastar 3 milhões de euros na construção de uma praça na Mouraria com uma mesquita para a comunidade do Bangladesh, projecto que recebe a concordância dos vereadores de todos os partidos políticos.
Paulatina e silenciosamente estamos a ser invadidos por imigrantes muçulmanos que não têm a mínima intenção de abandonar as suas tradições político-religiosas e sociais e aderir a ideais democráticos, à separação entre o Estado e a Religião e a respeitar as mulheres como seres humanos de direitos idênticos aos homens.
Paulatina e silenciosamente esses imigrantes criam comunidades fechadas nos países ocidentais da União Europeia onde os islamistas-jihadistas, que perpetram carnificinas de homens, mulheres e crianças educadas segundo os valores morais europeus, encontram refúgio e protecção.
Paulatinamente essas comunidades islamistas são apoiadas pelos partidos políticos portugueses, em especial pelos partidos da extrema-esquerda que vêem neles o braço armado da revolução que permitirá a sua ascensão ao poder para implantarem o regime socialista que trará bem-estar e felicidade — unicamente aos seus membros, assim a experiência o demonstrou na União Soviética, nos países da Europa de Leste, em Cuba, na Coreia do Norte e agora na Venezuela.
Paulatina e silenciosamente o Islão sunita avança, financiado pela Arábia Saudita e pelos contribuintes portugueses, perante a passividade dos cidadãos anónimos — apenas 7142 assinaram esta petição — anestesiados pela verborreia da propaganda politicamente correcta. Esquecendo que, em Portugal, a diminuição do desemprego e o crescimento do PIB é uma consequência da expansão do turismo fugido dos países flagelados pelo terrorismo.
Outras opiniões:
OldVic - eu sou Barcelona 13:02
“Claro que tudo isto foi a pensar mais na independência: os emigrantes marroquinos iam assim ter um estímulo para se identificar com a Catalunha e isso dará mais votos num referendo”: os independentistas catalães devem escrever 100 vezes num quadro “O tribalismo estupidifica”. Os extremistas dos atentados também deviam escrever isso, mas a esses não vale a pena recomendar nada.
Helder Antunes 14:00
As autoridades e o poder político da Catalunha têm uma boa parte do "problema" identificado, assinalado, sob-vigilância, etc. O mesmo se aplica às nossas autoridades e políticos. Idem por essa Europa fora. Em comum, todos, com honrosas excepções a leste, escolheram nada fazer. Não intervir preventivamente.
Optaram, porque em boa parte é uma escolha que fizeram, por deixar as populações que governam, que uns e outros deveriam proteger, sofrer na pele e pagar em vítimas o preço da sua vontade expressa de não intervir preventivamente. São vítimas, um sacrifício, em nome de um bem maior, dirão. São em boa parte escolhas que se fazem. Eu não me sinto representado, por uns, nem protegido, pelos outros, nessas opções.
Juvenal Barbosa 15:37
É sempre assim quando se aposta em imigração descontrolada e não se exige nada aos imigrantes (como eles podem identificar-se com o país de acolhimento quando recebem tanto de mão beijada?). Foi assim na Bélgica durante anos e criou-se Molenbeek, na Catalunha até não foi preciso tanto tempo, agora os turistas vão-se embora e vamos ver como é a vida com uma grande comunidade imigrante não integrada, que tem elementos hostis à infiel sociedade de acolhimento. Talvez devêssemos aprender com isso e modificar as nossas leis.
Primeiro ouvimos um imigrante do Bangladesh dizer, à saída da mesquita da zona do Martim Moniz, em Lisboa, que gostava de lutar pelo Estado Islâmico.
Depois vem o presidente do município lisboeta anunciar que vai gastar 3 milhões de euros na construção de uma praça na Mouraria com uma mesquita para a comunidade do Bangladesh, projecto que recebe a concordância dos vereadores de todos os partidos políticos.
Paulatina e silenciosamente estamos a ser invadidos por imigrantes muçulmanos que não têm a mínima intenção de abandonar as suas tradições político-religiosas e sociais e aderir a ideais democráticos, à separação entre o Estado e a Religião e a respeitar as mulheres como seres humanos de direitos idênticos aos homens.
Paulatina e silenciosamente esses imigrantes criam comunidades fechadas nos países ocidentais da União Europeia onde os islamistas-jihadistas, que perpetram carnificinas de homens, mulheres e crianças educadas segundo os valores morais europeus, encontram refúgio e protecção.
Paulatinamente essas comunidades islamistas são apoiadas pelos partidos políticos portugueses, em especial pelos partidos da extrema-esquerda que vêem neles o braço armado da revolução que permitirá a sua ascensão ao poder para implantarem o regime socialista que trará bem-estar e felicidade — unicamente aos seus membros, assim a experiência o demonstrou na União Soviética, nos países da Europa de Leste, em Cuba, na Coreia do Norte e agora na Venezuela.
Paulatina e silenciosamente o Islão sunita avança, financiado pela Arábia Saudita e pelos contribuintes portugueses, perante a passividade dos cidadãos anónimos — apenas 7142 assinaram esta petição — anestesiados pela verborreia da propaganda politicamente correcta. Esquecendo que, em Portugal, a diminuição do desemprego e o crescimento do PIB é uma consequência da expansão do turismo fugido dos países flagelados pelo terrorismo.
Outras opiniões:
OldVic - eu sou Barcelona 13:02
“Claro que tudo isto foi a pensar mais na independência: os emigrantes marroquinos iam assim ter um estímulo para se identificar com a Catalunha e isso dará mais votos num referendo”: os independentistas catalães devem escrever 100 vezes num quadro “O tribalismo estupidifica”. Os extremistas dos atentados também deviam escrever isso, mas a esses não vale a pena recomendar nada.
Helder Antunes 14:00
As autoridades e o poder político da Catalunha têm uma boa parte do "problema" identificado, assinalado, sob-vigilância, etc. O mesmo se aplica às nossas autoridades e políticos. Idem por essa Europa fora. Em comum, todos, com honrosas excepções a leste, escolheram nada fazer. Não intervir preventivamente.
Optaram, porque em boa parte é uma escolha que fizeram, por deixar as populações que governam, que uns e outros deveriam proteger, sofrer na pele e pagar em vítimas o preço da sua vontade expressa de não intervir preventivamente. São vítimas, um sacrifício, em nome de um bem maior, dirão. São em boa parte escolhas que se fazem. Eu não me sinto representado, por uns, nem protegido, pelos outros, nessas opções.
Juvenal Barbosa 15:37
É sempre assim quando se aposta em imigração descontrolada e não se exige nada aos imigrantes (como eles podem identificar-se com o país de acolhimento quando recebem tanto de mão beijada?). Foi assim na Bélgica durante anos e criou-se Molenbeek, na Catalunha até não foi preciso tanto tempo, agora os turistas vão-se embora e vamos ver como é a vida com uma grande comunidade imigrante não integrada, que tem elementos hostis à infiel sociedade de acolhimento. Talvez devêssemos aprender com isso e modificar as nossas leis.
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