quinta-feira, 30 de julho de 2015

As 25 maiores fortunas portuguesas valem 15 mil milhões de euros


Parte significativa da riqueza nacional é controlada pelas 25 famílias mais ricas de Portugal.



29/07/2015 - 19:59


Um estudo efectuado pela revista Exame concluiu que o valor das 25 maiores fortunas de Portugal ascende a 14,7 mil milhões de euros, o que equivale a 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) português de 2014.

Nas primeiras quatro posições da lista permanecem os mesmos nomes que já figuravam em 2013: Américo Amorim, que é o homem mais rico do país, Alexandre Soares dos Santos, Belmiro de Azevedo e a família Guimarães de Mello.

A única diferença está no valor das fortunas face a 2013. Apesar de se manter à cabeça da lista, o dono da Corticeira Amorim vê a sua fortuna diminuir, assim como a família Guimarães de Mello. Em sentido ascendente seguiram as fortunas de Soares dos Santos e de Belmiro de Azevedo.

Com uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de euros, a revista calcula que Américo Amorim, apesar de manter a primeira posição, perdeu 800 milhões com a queda da cotação da Galp Energia em bolsa.

Pelo contrário, tanto a fortuna de Soares dos Santos como a de Belmiro de Azevedo terão subido 100 milhões no último ano devido à valorização em bolsa das suas acções. O dono da Jerónimo Martins, que detém a cadeia de supermercados Pingo Doce, viu a riqueza atingir os 1,8 mil milhões. O fundador do grupo Sonae, que tem negócios no comércio a retalho, telecomunicações e comunicação social, aumentou a fortuna para os 1,4 mil milhões.

Já a família Guimarães de Mello, dona do Grupo José de Mello, Brisa e CUF, e com investimentos na Efacec e EDP, regista uma ligeira queda dos 1,2 mil milhões de euros calculados em 2013 para 1,18 mil milhões.

Os donos da Mota-Engil — António Mota e irmãs — saíram do top 10 devido à queda da cotação desta empresa de construção em bolsa.

Pior aconteceu com a família Espírito Santo devido ao colapso do Grupo Espírito Santo: saiu da lista. Mesmo a maior accionista do grupo, Maria do Carmo Espírito Santo Silva, que ocupava a 10.ª posição em 2013, deixou de figurar na lista da Exame.


*

Não estamos a falar de ricaços com fortunas baseadas na posse de pinturas valiosas, ferraris, herdades, castelos ou ilhas, mas de empresários que detêm acções de empresas que criaram ou expandiram. E têm forçosamente de deter um número significativo de acções dessas empresas para poderem tomar decisões de gestão. De actos gestionários incorrectos, deriva a falência das empresas com graves perdas tanto para os empresários como para os trabalhadores que vêem desaparecer os respectivos empregos.

Claro que os empresários não se distinguem apenas por uma hábil gestão que dê lucro às empresas: há os que têm consciência social e outros não, como foi referido no fórum do Público:


info
29/07/2015 21:00
É muito bom ter pessoas tão ricas em Portugal, apesar do desemprego recorde e um salário mínimo miserável. Já agora, caros ilustres e ricos personagens, quando morrerem, onde vão meter a vossa fortuna?
  • incorporeo
    Portugal 29/07/2015 21:41
    Não estou a perceber muito bem a relação que faz entre uma coisa e outra, mais a morte dos ditos.
    Já sequer se apercebeu que qualquer um destes "ricalhaços" criou, nas suas empresas, uma infinidade de postos de trabalho? E quanto aos impostos pagos pelos ditos, acha que eles ousariam sequer fugir aos impostos, com a responsabilidade social que têm aos ombros? A riqueza é distribuída: pelos salários dos trabalhadores e pelos impostos devidos ao Estado.
    Os gajos morrem mas as empresas ficam. E os postos de trabalho também. Essa é a herança que deixam. É bom ou é mau?
  • Mortiço
    29/07/2015 23:17
    A holding da Pingo Doce é sediada no Luxemburgo, o mesmo ocorrendo decerto com outras empresas dessa gente. Em consequência, por favor não fale em responsabilidade social. Portugal é dos países mais pobres da Europa e está entre aqueles em que a renda é menos equitativa.
  • tripeiro
    Neste Verão: socas, galochas ou havaianas? Consulte a Princesa Bobone 30/07/2015 00:32
    Pois é, senhor Mortiço, mas, quando aparecem medidas para tornar o sistema fiscal mais competitivo e atractivo para as empresas, lá vem o senhor a berrar que deviam era baixar o IRS e não o IRC.
    Mas concordo que esperar responsabilidade social de grupos como o Jerónimo Martins é muita areia para a camioneta de qualquer um. Só fazem aquilo a que são mesmo obrigados por lei, se pudessem não fazer nada, era o que faziam.
  • PSG
    Lisboa 30/07/2015 01:34
    Menos impostos para as empresas e toca a aumentar a TSU dos trabalhadores por conta de outrem. E para resolver o problema do desemprego, nada como acabar com o SNS e deixar a malta que andou a gastar dinheiro em viagens para a Republica Dominicana a morrer nos corredores dos hospitais. E porque não fechar as escolas? Nada melhor que ter analfabetos para poder pagar salários cada vez mais baixos, e gente sem ambições para perpetuar a exploração. Um povo pouco produtivo pelo menos serve para isso.
  • Mortiço
    30/07/2015 06:02
    Tripeiro, eu não berro. Eu escrevo.
  • incorporeo
    Portugal 30/07/2015 18:09
    Tripeiro: é óbvio que apenas fazem aquilo a que estão obrigados por lei. Eu também e acho que a maioria dos contribuintes. E nem me refiro a benefícios fiscais por conta de donativos.
    O que me quis referir foi à dimensão social que estes senhores têm, ao fazer aquilo a que estão obrigados por lei. Um patrão cumpridor além de criar postos de trabalho, dá segurança aos seus empregados, mantendo as contribuições para a SS em dia e pagando os salários contratados. Qualquer empregador tem uma responsabilidade social, a qual será tanto maior quantos mais trabalhadores tiver. Acho que é óbvio...
    Suponhamos que o Grupo Sonae entra em falência. Quantos trabalhadores irão ficar prejudicados por isso? É sobre esta responsabilidade social que me refiro.

Ruben
30/07/2015 11:25
Só ganância! O grande problema de haver tanta pobreza.
  • Enganador
    30/07/2015 15:28
    Quantas dezenas ou centenas de milhar de empregos é que estes Senhores não criaram ao longo das suas longas décadas de trabalho?
  • Ruben
    30/07/2015 16:10
    Óbvio que "dão" emprego a milhares de pessoas. Como é que eles conseguiriam tal fortuna se não conseguissem explorar as pessoas?
  • Ruben
    30/07/2015 16:22
    Talvez não me tenha expressado bem. O problema não está, como é evidente, na criação de emprego por parte destes senhores. O problema está na acumulação de riqueza. As pessoas que acumulam grande riqueza são as mais gananciosas. Querem acumular os seus bens e os dos vizinhos. E este é o grande problema, a causa da pobreza. Só existe pobreza porque existe riqueza e esta só existe porque há muita gente gananciosa.
  • incorporeo
    Portugal 30/07/2015 19:08
    O Ruben não gosta de acumular riqueza. Está no seu direito! Faz colecção de selos?
  • Ruben
    30/07/2015 19:32
    Incorporeo, faço colecção de conhecimento. É o que procuro sempre. Riqueza? A minha riqueza são os meus princípios, não os bens materiais que acumulo. Para quê ter a mais e mais se isso faz falta a outras pessoas? Não seja mais um egoísta. Pode acumular o máximo de riqueza possível, mas quando for velho vai perceber que a sua vida foi em vão. A sua casa estará cheia de coisas boas e bonitas, mas o senhor estará velho, feio e vazio.
  • incorporeo
    Portugal 30/07/2015 20:04
    Ok, Ruben, uma resposta sábia, a sua! O investimento no Conhecimento é mais valioso que ouro, e concordo com isso! Outro investimento que acho sensato fazer, pois potencia a eficácia do nosso trabalho, é em ferramentas. Se considerarmos que o Conhecimento é também uma ferramenta, estou a ser redundante. Quanto a acumular por acumular, isso é uma atitude doentia bem reconhecida.
    Não acho que estejamos a falar disso. Acumular dinheiro? Isso não tem lógica! Dinheiro parado não rende! O dinheiro investe-se em algo para gerar mais-valias. E essas mais-valias podem gerar postos de trabalho. Obviamente que toda esta riqueza estaria em nome de titulares, que são os noticiados. E não me refiro a aquisição de futilidades. Isso considero indigência, vistas curtas e novo-riquismo. É o que mais há!
  • Gota
    Um dia despertarão. Esperemos que não seja da pior maneira possível... 30/07/2015 21:44
    Caro Ruben, o seu comentário em resposta ao caro incorporeo é tão, mas tão humano, demonstra uma capacidade de compreensão tão para além do comum, que, se me permite, a partir deste momento, sou sua admiradora! Digo isto com o máximo respeito e confesso que gostaria de vir a ser como o caro Ruben mostra ser!
  • Ruben
    30/07/2015 22:56
    Senhor Incorporeo, subscrevo o seu último comentário. Cumprimentos.

info
30/07/2015 00:26
O que eu quero dizer, Incorporeo, é que, o que tem de vantagem ser rico? E muito rico? Aumenta a felicidade, proporcionalmente à fortuna? O que conta, é a obra e a herança social dessa pessoa. Ela vale 3 mil milhões enquanto viva? E quantas pessoas beneficiou, se apenas pagou um mísero salário mínimo, porque é exigido por lei? Se a obra deixada é essa, só os amigos do champanhe o lembrarão. Os outros, esquecê-lo-ão, assim que tiver a terra sobre si.
  • Gota
    Um dia despertarão. Esperemos que não seja da pior maneira possível... 30/07/2015 09:56
    Excelente comentário, caro info! Obrigada por me ajudar a consolidar a ideia de que ainda existem pessoas dotadas de humanidade. Parabéns pela sua sensibilidade!
  • Enganador
    30/07/2015 11:30
    O que é melhor, 100 000 salários mínimos ou 100 000 desempregados? Já para não dizer que, por vezes, muita gente nem o salário mínimo merece...
  • Mortiço
    30/07/2015 12:06
    E tem a certeza que a opção é essa? Imagina o que é viver com salário de fome como única perspectiva de vida?
  • Gota
    Um dia despertarão. Esperemos que não seja da pior maneira possível... 30/07/2015 14:43
    Tem toda a razão, caro Enganador. Eu, por, exemplo, conheço muitos ricos com salários milionários a quem faria muito bem recorrer à sopa dos pobres pois não merecem, com toda a certeza, nem um salário mínimo!
  • Enganador
    30/07/2015 15:25
    A Gota desta vez até tem uma gotinha de razão... Muitos ricos não merecem o dinheiro que têm, e muitos pobres mereceriam muito mais. Mas o inverso também é verdade...
    Pessoas são pessoas e deve ser criticadas ou congratuladas pelas suas acções e não simplesmente pelo dinheiro que têm ou não. Não tenho a menor duvida que alguém que controla e faz prosperar um império económico da dimensão dos destes senhores contribui muito, mas mesmo muito, para melhorar a vida no rectângulo. Quantos empregos (com salário mínimo ou superior) não criaram? Podiam fazer mais? Possivelmente. Mas também não vejo ninguém a fazer melhor.
  • Gota
    Um dia despertarão. Esperemos que não seja da pior maneira possível... 30/07/2015 16:13
    O problema, caro Enganador, não é tão linear quanto parece. Ninguém enriquece apenas às custa do seu trabalho, e estes senhores, para terem a fortuna que têm, exploraram — o termo é mesmo este — desde o desgraçado que cultiva a terra até ao consumidor final. Por exemplo, no Pingo Doce, são colocadas novas etiquetas, em produtos frescos, sobre as anteriores que definiam o prazo de validade, com novo prazo de validade!
    A criação de emprego de que o caro fala não é mais do que um dos muitos meios que esta gente tem para enriquecer à custo do trabalho, do esforço e do sacrifício de muita gente. Não há ricos sem que milhares de pobres tenham sido "atropelados" no decurso desse enriquecimento!
    PS: Obrigada pela "gotinha"! :-)
    incorporeo
    Portugal 30/07/2015 18:21
    Minha cara Gutta, que mudou para Gota, olá!
    Passemos agora às "hostilidades": que dados tem para fazer uma afirmação tão categórica e porventura tão aziada, de que, em absoluto, quem é rico foi necessariamente explorador? Resta saber o que entende por "explorador".
    Se eu tenho empregados a trabalhar para mim, pago-lhes segundo o contrato definido. Se consigo tirar mais-valias significativas do trabalho da minha empresa, o que acha que devo fazer? Aumentar os salários? Não necessariamente! Talvez investisse na expansão da empresa e na criação de mais postos de trabalho, pois os trabalhadores que contratei inicialmente não darão conta do trabalho acrescido. Onde está a injustiça? Se eu cumpro com os contratos laborais, pago os impostos devidos e crio mais postos de trabalho, onde é que errei?
    Essa, aliás, é uma falácia de "acomodado", e desculpe o termo. Um empreendedor é uma pessoa com ambições de realização, e geralmente este tipo de gente não se acomoda por muito tempo ao trabalho para um empregador: quer criar algo seu. É uma questão de atitude! Há outras pessoas que se acomodam ao seu salário e não têm mais ambições que receber o seu salário no final do mês e, com sorte, serem promovidas a um cargo de maior responsabilidade dentro da empresa. Provavelmente irão ganhar mais, como será de esperar. Estes últimos será que irão gerar grandes fortunas? Só com o salário mensal, mais uns bónus por bom desempenho? É óbvio que não! Mas têm emprego! Esta é a condição do assalariado. Que não tem mesmo nada a ver com a atitude de um empreendedor. É injusto só para quem vê de fora! ORA!
  • Gota
    Um dia despertarão. Esperemos que não seja da pior maneira possível... 30/07/2015 18:44
    Como tem passado, caríssimo incorporeo? Fazia já algum tempo que o caro não vinhas para estas bandas! Espero que esteja tudo bem consigo.
    Posto isto, abramos então as "hostilidades". O problema, a meu ver, não reside nos contratos e/ou no cumprimento dos mesmos e sim na duplicidade de critérios. Uma pessoa que tenha empregados, se for uma pessoa humana e criteriosa, jamais lhes pagará o salário de miséria que é o salário nacional. Procurará que os seus empregados tenham um salário digno que lhes permita viver e não sobreviver. Acha o caro incorporeo que alguém, nos dias de hoje, consegue viver com dignidade com um salário mínimo? Uma pessoa que emprega tem de ter essa noção. Antes do lucro deverá estar a humanidade, o respeito a todos os níveis pelo outro. Caso contrário, é exploração. Querer conseguir o máximo de lucro através dos seus empregados com SM, sabendo que não é possível viver com apenas isso, é exploração. Caríssimo, para que uma meia dúzia tenha o que não lhes faz falta, são milhares aqueles que passam a sua vida sem o mínimo de que necessitam!
  • incorporeo
    Portugal 30/07/2015 18:51
    Além do mais, quem somos nós para JULGAR o modo como certas pessoas adquiriram as fortunas que possuíam? Sem indícios fortes ou evidências comprovadas de abuso e exploração, tal exercício resulta apenas de má-fé, despeito, inveja e algum problema mal resolvido com a sua realização pessoal. Digo eu!
    Mais pertinente seria, porventura, avaliar a dimensão ética de certos negócios envolvendo empreendedores cujas fontes de rendimento são menos claras, como a filha do Zedu. Mesmo assim, são suposições sem base de sustentação, e recusar negociar com base nessa suposição é arriscado. Tão arriscado como negociar com o Demo. E, no entanto, tais negócios fazem-se! A indústria do Armamento também cria postos de trabalho. E não é o mesmo que vender amendoins da China.
  • Gota
    Um dia despertarão. Esperemos que não seja da pior maneira possível... 30/07/2015 18:55
    Eu sei que o sofrimentos dos outros não nos dói, mas, ora bolas, se eu não consigo viver com o SM, por que é que hei-de achar que os outros conseguem? Não se discute aqui a capacidade das pessoas serem empreendedoras ou não. O que está em causa é sermos incapazes de achar que, o que não é bom para nós, há-de ser bom para os outros! Eu não consigo viver com € 500. Por que carga de água o meu semelhante há-de ser diferente de mim? € 500 é um salário de miséria, e isto, meu caro incorporeo, é um facto!
    Caro incorporeo, para que quereria eu uma fortuna enorme, que jamais teria tempo de gastar por muitas vidas que tivesse, sabendo que os meus empregados passavam dificuldades todos os meses das suas longas vidas de trabalho com o SM? É uma questão de humanidade! De compreensão! Somos todos um! Na diarreia e na morte, como disse por aqui algures um belíssimo comentador, somos todos iguais! Além disso, seria bom não esquecer que tudo o que nos acompanhará na morte serão apenas as atitudes, jamais os bens. Para mim não há qualquer dúvida. Quem enriquece pagando salários de miséria é explorador e não merece a minha consideração! Tenho dito! ;-)
  • incorporeo
    Portugal 30/07/2015 19:24
    Bem, cara Gota, é, no fim de contas, uma questão de ética pessoal e de alguma solidariedade. Infelizmente não está, em absoluto, nas mãos do empreendedor, pagar aquilo considerado justo pelo colaborador. E vamos partir do princípio, algo utópico, de que todas as partes estão de boa-fé.
    A gestão de uma empresa tem destas coisas. Parece que há um grande lucro, mas há imensas despesas para pagar, e a mais-valia final é escassa. Perante todo este conjunto de factores, é preciso ter alguma racionalidade e pragmatismo. Pois de contrário a empresa vai à falência, e o colaborador, que ia ser pai no mês seguinte, vai para o desemprego. Fim da utopia!
    Acho que está uma coisa mal explicada no artigo: A riqueza pessoal de cada um dos fulanos não é líquida. Inclui também todo o património que permite a geração de riqueza. Frota automóvel, instalações, etc! Não estamos a falar daquelas figuras forretas, dos livros infantis, que guardavam debaixo do colchão a fortuna toda! Isso é patetice! Todos sabemos, ou devíamos saber, que uma riqueza parada não gera mais-valias. É até um ensinamento bíblico, através da parábola dos Talentos. A riqueza, para quem sabe gerir, gera mais riqueza. E beneficia não só o próprio como todos os que com ele participem.

Nelson Bernardo Gouveia
Arquitecto 30/07/2015 11:45
Parece-me que neste sistema para extrair um rico é necessário produzir umas dezenas de pobres.
  • incorporeo
    Portugal 30/07/2015 19:04
    Bem, essa é uma perspectiva de quem está próximo da meta final, mas nem por isso poderá ser a mais correcta. Vamos partir do princípio que todos eram pobres. Só que um deles tinha alguma capacidade de empreender. Vai daí, acabou por contratar os outros todos para fazer algo com mais-valias para o grupo. Definiu metas, objectivos, dominava a técnica do trabalho, deu instruções a cada um e cada um fez a sua parte.
    No fim, todos ganharam uma boa maquia. Os colaboradores propõem: "Dividimos por todos de forma igual." O empreendedor propõe: "Eu tive a ideia, organizei o trabalho e quero ser pago também por isso!"
    Qual acha que vai ser o desfecho da história?

Luís A.
30/07/2015 13:13
O autor faz batota para chegar ao número 8,5% da riqueza nacional. Não se pode comparar as 25 maiores fortunas, acumuladas ao longo de muitos anos, com aquilo que Portugal produz num só ano (PIB).
Para fazer a comparação de maneira honesta seria melhor somar a facturação por ano dessas 25 e comparar com o PIB. Ou então comparar o valor das 25 fortunas com o valor total de Portugal (Qual é? É possível calcular isso?).


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