Sempre que o primeiro-ministro ou algum ministro se desloca em visita oficial a qualquer vila ou cidade do País, tornou-se habitual ver pequenos grupos de manifestantes a vaiar os governantes.
Sócrates fugia deles como o diabo da cruz.
Outra foi a atitude dos membros do actual Governo: aproximavam-se e, cordialmente, procuravam entabular diálogo procurando debater temas com os discordantes.
Incapazes de argumentar, estes limitavam-se a repetir slogans e os governantes acabaram por perceber que não havia desejo de comunicação e passaram a manter-se ao largo.
Com o decorrer das semanas descobriu-se que não eram gentes da terra. Tratava-se de manifestantes profissionais que se deslocavam... de autocarro.
Como sucedeu hoje em Cantanhede, aonde Passos Coelho foi inaugurar uma feira de empresas e visitar um parque de biotecnologia. Atempadamente chegou o autocarro com sindicalistas ligados à União de Sindicatos de Coimbra e ao Sindicato dos Professores da Região Centro, ambos afectos à CGTP, e até estacionaram sobre uma passadeira de peões para encurtar caminho:
Estes eventos já motivaram uma ideia luminosa que, decerto, todos os contribuintes vão aplaudir porque são quem paga os salários dos sindicalistas da função pública:
Bernardo Cavalcantti 25 Julho 2012 - 17:13
Sinergia
É mais que evidente que os manifestantes são os mesmos, para onde quer que Passos se desloque.
Se houvesse sinergia, manifestantes e governantes podiam muito bem deslocar-se no mesmo autocarro, evitando-se assim a deslocação de duas comitivas com o consequente desperdício de combustível.
Os tempos de crise mandam que governantes e manifestantes dêem as mãos e, mesmo nestas situações de deslocações, caminhem juntos.
Seria bonito. Emocionante.
O Povo agradeceria.
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