No final da Cimeira do G20 em Los Cabos, no México, Christine Lagarde revelou que os compromissos para reforçar as reservas do FMI ascendem já a 456 mil milhões de dólares americanos, superando o valor prometido na cimeira de Abril, apesar de alguns países emergentes se sentirem frustrados por não terem obtido maior poder de voto dentro desta instituição credora mundial.
São recursos disponibilizados através de empréstimo bilateral ou acordo de compra entre cada país credor, ou o seu banco central, e o FMI, comprometendo-se esta instituição a devolver os valores sacados com juros.
Reforçadas as reservas do FMI, estas poderão ser usadas para financiar os seus 188 países-membros, se tiverem dificuldades em obter financiamento nos mercados e se aceitarem a orientação económica do FMI. Mas, num momento em que três países da Zona Euro estão a receber crédito do FMI — Grécia, Irlanda e Portugal — e vai ser preciso intervir na banca espanhola, este reforço destina-se a reduzir a especulação financeira sobre a dívida soberana destes países.
Portanto correu bem a cimeira para os países da Zona Euro porque, apesar da recusa dos Estados Unidos e Canadá, conseguiram captar do resto do mundo uma quantia superior à que vão disponibilizar. O quadro seguinte lista os 37 países que aceitaram contribuir:
Países _____________________ Zona Euro• Alemanha UE não-Zona Euro• França • Itália • Espanha • Países Baixos • Bélgica • Áustria • Finlândia • Luxemburgo • Eslováquia • Eslovénia • Chipre • Malta • Reino Unido Não-UE• Suécia • Polónia • Dinamarca • República Checa • Japão • China • Coreia • Arábia Saudita • Brasil • Rússia • Índia • México • Suíça • Noruega • Austrália • Turquia • Singapura • África do Sul • Colômbia • Filipinas • Malásia • Nova Zelândia • Tailândia _____________________ total | ______ 54,7 41,4 31,0 19,6 18,0 13,2 8,1 5,0 2,7 2,1 1,2 0,6 0,3 15,0 10,0 8,2 7,0 2,0 60,0 43,0 15,0 15,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 9,3 7,0 5,0 4,0 2,0 1,5 1,0 1,0 1,0 1,0 ______ | mil milhões $ _____________ 197,9_____________ 455,9 |
O G20 é o Grupo dos Vinte ministros das Finanças e governadores dos Bancos Centrais das maiores economias industrializadas — 19 países e a União Europeia — e foi criado em 1999 para discutir as questões-chave da economia global.
Europa: Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Rússia, União Europeia
América: Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, México
África: África do Sul
Ásia e Oceânia: Arábia Saudita, Austrália, China, Índia, Indonésia, Japão, República da Coreia, Turquia
América: Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, México
África: África do Sul
Ásia e Oceânia: Arábia Saudita, Austrália, China, Índia, Indonésia, Japão, República da Coreia, Turquia
Os chefes de governo, ou os chefes de Estado, passaram a participar nas cimeiras desde a crise financeira de 2008, sendo a União Europeia representada pelo Presidente do Conselho Europeu e pelo Banco Central Europeu.
As economias do G20 representam mais de 80% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio dentro da UE) e dois terços da população mundial.
As economias do G20 representam mais de 80% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio dentro da UE) e dois terços da população mundial.
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