Para resolver o problema das parcerias público-privadas (PPP) o governo decidiu parir mais uma empresa pública e até já a baptizou Agência para o Investimento Público e Parcerias. Segundo o decreto-lei que a cria, funcionará como uma entidade de cúpula, coordenando os projectos que estão a ser desenvolvidos pelos vários ministérios.
Como sabemos, estas 116 PPP são umas parcerias muito peculiares em que os privados contraem empréstimos para financiar certos empreendimentos, em geral, obras públicas, mas fica acordado que os lucros, se os houver, são entregues aos privados e os prejuízos são da responsabilidade do Estado.
Além desta peculiaridade, bem gravosa para as contas públicas, estas parcerias têm também o defeito de nascer como cogumelos e nem precisam de chuva. "Em plena crise, o número de empresas públicas (…) subiu de 84 para 93, o número de gestores aumentou de 407 para 448 e a verba gasta em administrações cresceu de 35M€ para 39M€", escreve Paulo Portas na sua página do Facebook.
Lembra ainda o líder do CDS: "Para estudar as PPP's descontroladas o Estado tem universidades; para as controlar têm Secretarias de Estado, direcções-gerais e até já têm empresas públicas! Mais uma empresa do Estado, não, obrigado."
Francisco Louçã, coordenador do BE, vai mais longe defendendo "uma auditoria completa a estas parcerias que têm arruinado o País.
Sabemos que Portugal está a ser assaltado com taxas de 7,5% para a dívida pública nos mercados internacionais. Então não é um assalto quando os principais bancos portugueses e os seus parceiros nos estão a cobrar já há alguns anos 12% e 13% com contratos de PPP que vão até 2040? ", perguntou Louçã.
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Decididamente esta gentinha que nos governa já perdeu, por completo, a vergonha na cara. E começa a pesar o silêncio do Presidente da República. Vejamos a opinião dos outros:
fpessoal 30 Novembro 2010 – 10:20
O povo deve exigir...
... saber quanto vai ganhar cada gestor, os objectivos a atingir e o modelo de actuação de mais esta agência. A comunicação social tem o dever de acompanhar o desempenho deste órgão. Esperemos, para nosso bem, que os 3 gestores sejam competentes e que tenham a autonomia e a independência necessárias para fazerem um bom trabalho.
danny1williams 30 Novembro 2010
Isto é mais do mesmo, estupidez, irresponsabilidade e traficâncias a caminho
Isto é mais uma despesa e burocracia, no início, e mais uma despesa no desmantelamento, no final. E no durante é um verbo de encher, mas muito pior, é um antro de irracionalidade e irresponsabilidade económica e corrupção.
Estes elefantes brancos são um sorvedouro e, em vez de acabarem, proliferam? Então não cortes os salários à função pública! Nem faças cortes no resto. Isto é tudo para estoirar...
Maldito Cavaco que se demitiu de ser presidente, mas quer ser reeleito. E o povo, vai com ele. A culpa do estado nacional é do povo, que elege disparates e continua neles. Entramos na animalidade de 4 patas. Credibilidade zero ao país. Isto não tem viabilidade, nem como país nem como povo.
Como eu percebo os investidores internacionais, andam atrás do aval do BCE... Mas isto muda! Basta o BCE e a UE caírem no real.
jpgjpg 30 Novembro 2010 - 10:48
Big jobs for the big socratic boys
É demais... Tenho asco. Como é que Cavaco e Passos Coelho assistem a isto tudo caladinhos?
Sr.Tuga 30 Novembro 2010 - 11:20
Prova cabal da incompetência da gestão pública!
Com milhares de funcionários públicos e centenas de funcionários na DGCI, FINANÇAS E MINISTÉRIO DA ECONOMIA, não existe ninguém habilitado para "gerir" estes assuntos?
Jobs, jobs, jobs, jobs...
Mais administradores, assessores, secretárias, motoristas, viaturas topo gama, gabinetes, cartão representação, gasóleo, despesas diversas...
O tuga paga tudo!
Olisipone 30 Novembro 2010 - 14:26
Incapazes!
É, de facto, necessária uma mudança total das políticas! Pois os erros repetem-se.
Devido sobretudo aos actos de Fé. Acredita-se em soluções falhadas, e continuam a aplicar-se apesar dos danos. Defendem-se os interesses dos empresários quando se é trabalhador ou desempregado, porque se acredita que um dia se há-de ser rico. Criam-se empresas no Estado que em vez de estarem vocacionadas para o Serviço Público estão vocacionadas para o Lucro. Fala-se muito das exportações mas ninguém fala das importações.
O que falta em Portugal é ensinar as pessoas a raciocinar.
Deixem a porcaria do futebol e de Fátima! Fechem a TV à hora da telenovela! Deixem de ser do Sporting ou do Benfica! Pensem!
jdiogenes 30 Novembro 2010 - 17:53
PPP (Padrinhos, Panhonas e Políticos)
Veja onde se enquadra!
A solução é simples, embora seja difícil de aplicar. Mas estamos numa situação de excepção e é como tal que o governo tem que actuar.
Quando uma determinada empresa não consegue fazer face aos seus encargos tem que negociar e, por vezes, o credor tem que abdicar de uma parte substancial da fatia, se sequer receber algum.
Neste caso concreto até se pode alegar, e será fácil provar, que ouve aproveitamento fraudulento por uma parte e incompetência pela outra, para não adjectivar de outra forma.
E depois, com calma, sentar no mocho, obviamente com cola nas mãos, os que facilitaram o assalto ao erário público e, logicamente, os que beneficiaram de forma fraudulenta.
Uma coisa tenho certa, com o actual PR, que faz parte do sistema, não vamos lá! Por isso nas próximas eleições não o podemos deixar lá continuar. Se deixarmos…
Utrera 30 Novembro 2010 - 20:20
Falta a LPM
E depois da Fundação PPP contrata-se a LPM para fazer a comunicação e a F5C para os eventos... Entre o Paixão Martins e o Luís Bernardo, fica tudo na família PS.