domingo, 22 de abril de 2012

EUA e Canadá recusam encher os cofres do FMI


O Fundo Monetário Internacional (FMI) recebeu promessas de 430 mil milhões de dólares (325 mil milhões de euros) durante a reunião dos países do G20.

Actualmente dispõe de 380 mil milhões de dólares em fundos que agora serão reforçados para mais do dobro.

Este dinheiro poderá ser usado para financiar países em dificuldades de todo o Mundo, se aceitarem as condições impostas pelo FMI. Mas num momento em que três países da zona euro estão a receber crédito do FMI — Grécia, Irlanda e Portugal — e pode ser preciso reforçar os pacotes já acordados ou intervir noutro país do euro, como a Espanha ou a Itália, este contributo destina-se a evitar o agravamento da crise do euro.

Na prática são mais 230 mil milhões de dólares com que a Zona Euro fica para usar, porque 200 mil milhões dos novos contributos vêm justamente de países dessa zona.
Os países emergentes, nos quais se incluem o Brasil, a Rússia, a Índia e a China (BRIC) participaram com um reforço de 68 mil milhões de dólares, mas impuseram duas condições: um limite para a exposição do Fundo à crise do euro e mais poder dentro do Banco Mundial e, principalmente, no FMI.
Outros países que decidiram reforçar o seu contributo foram Noruega, Suécia, Dinamarca, Polónia, Suíça e Japão.

No entanto, alguns dos membros com maior peso no FMI recusaram, desta vez, contribuir, defendendo que é a própria Zona Euro que tem de resolver os seus problemas. Foi o caso dos EUA e do Canadá.


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Ficou claro que o dinheiro está a chegar ao fim. Pode, portanto, a esquerda radical — PCP e BE — regozijar-se que a troika tem cada vez mais dificuldade em obter fundos para nos emprestar.
O problema é que isto significa que vêm aí mais sacrifícios para os portugueses.


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